“MAIO”
O mês que inicialmente se escreve com a letra “M”, dá destaque a duas personalidades de igual relevância para a vida humana: “Maria” e “Mãe”. Para alguns, também conhecido como “mês das noivas”. Sendo assim, como não falar do protagonismo da mulher no decorrer da história da humanidade.
Em Maria, Mãe por excelência, sempre encontramos o primado da doação, da missão e do serviço. Maria colaborou diretamente com a obra salvadora do Pai quando corajosamente disse “sim” ao seu chamado. Assim que recebera o anúncio do anjo, dirigiu-se apressadamente até a casa de Isabel para auxilia-la em sua última etapa da gravidez. Às pressas foi até Jesus quando nas Bodas de Caná o vinho veio a faltar. E com o passar do tempo, com fiel e perseverante, caminhou até o Gólgota para estar aos pés da Cruz. Maria desempenhou um papel único e crucial na história da redenção. Sua maternidade é expressão visível e verdadeira do cumprimento da Promessa, pois com ela e através dela, nasce a esperança dos pobres, a salvação da humanidade.
Na Igreja as mulheres exercem um papel fundamental e indispensável. Poderíamos nos perguntar: como seria a Igreja e o que seria da igreja sem a presença feminina? Como pensar hoje, na atual conjuntura, uma Igreja desprovida da ação criativa e do toque delicado e materno da mulher?
O Papa Francisco, velado nesse exato momento, estando no Brasil em 2013, por ocasião da Jornada Mundial da juventude, disse: “a Igreja é mãe, e é preciso aprofundar a Teologia da mulher”. Na mesma ocasião, em entrevista, no seu voo de retorno para Roma, disse ainda: “uma Igreja sem as mulheres é como o Colégio Apostólico sem Maria”. O Papa sempre enfatizou que a Igreja é feminina, é esposa, é Mãe. Em 12 de outubro de 2013, celebrando os 25 anos da Mulieris Dignitatem, do Papa São João Paulo II, ele mesmo queixou-se de que na Igreja ainda não se fez “uma profunda teologia da mulher”. Diz São João Paulo II na Carta Apostólica: “na Igreja, é importante perguntar-se que presença tem a mulher”. A resposta, poderíamos dizer, é muito clara e visível. São elas, que há muito tempo, maioria predominante, não somente nas missas ou assembleis dominicais, mas inclusive e sobretudo, na missão e ação pastoral da Igreja como: Mece, catequistas, ornamentadoras, secretárias e zeladoras, lideranças em geral. E não podemos nos esquecer das religiosas e consagradas. Mulheres que, a exemplo de Maria, entregaram-se fiel, inteira e exclusivamente a Deus e à Igreja. Como ser indiferente diante de tal presença? Poderíamos dizer, sem exagero e sem cometer sacrilégio, que o impulso movedor da vida pastoral da Igreja, vem, evidentemente do alto, mas passa pelas mãos maternas, delicadas e servidoras da mulher.
Deus seja louvado pela presença maternal de Maria e pela missão de tantas mulheres que se doam pelo Reino.