Jesus estabeleceu uma missão para Igreja: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Jesus estabeleceu o local da Missão: “Sede minhas testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e Até os Confins da Terra” (At 1.8).
Uma “Igreja em saída” é uma Igreja decididamente missionária, capaz de sair da autorreferencialidade para chegar a todos, indistintamente, a fim de testemunhar no mundo o amor salvífico do Senhor.
Pensar numa “Igreja em saída” é, portanto, não ter medo de rever determinados costumes, determinados preceitos eclesiais, alguns muito radicados no curso da história e eficazes noutras épocas, mas incapazes de responder às exigências próprias do tempo presente (EG 43). Tanto que muitas expressões nascidas em outras épocas nos aparecem hoje como opacas e incompreensíveis. Isso deve levar a Igreja à convicção de que não pode mais confiar simplesmente na força do seu passado, mas é necessário conquistar os seus membros, um por um, sem medo e sem receio, mesmo porque a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração (cf. EG 14).
Nesse sentido, para levar a cabo a proposta de uma “Igreja em saída”, o Papa Francisco aposta na missionariedade da Igreja, de modo que “hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída’ missionária” (EG 20), sem medo de enfrentar os cenários e os desafios próprios da missão evangelizadora da Igreja. A centralidade da missão é um ponto decisivo, tanto para a própria constituição da Igreja como para a reflexão eclesiológica. É um convite a uma “nova práxis” eclesial, porque, na visão do Papa Francisco, “não se pode deixar as coisas como estão. Neste momento, não nos serve uma ‘simples administração’. Por isso o convite é para que constituamo-nos em ‘estado permanente de missão’, em todas as regiões da terra” (EG 25).
A paróquia que é uma rede de comunidades vive sua missionariedade na própria comunidade. Despois de despertar lideranças, organiza-se as visitas nas casas. Pode ser por uma ocasião especial, como Novena de Natal, Tempo Quaresmal ou outro. O catequista e o introdutor das comunidades organizam pequenos grupos de itinerários de fé, seja para os já iniciados, seja para os que ainda não receberam nenhum sacramento. É nesse movimento de comunidade que se fortalece a consciência de batizados e de pertença a uma Igreja.
Os movimentos e serviços desenvolvem o espírito missionários em suas atividades. Não atender esse chamado, perde a razão de ser. “Aquele critério pastoral fez-se sempre assim” ou a “autopreservação”, não cabe mais. Todos somos chamado à missão e hoje, muito mais ainda. Nossa Diocese e as paróquias contam com essa força imensa de homens e mulheres que amam a Igreja e por causa de Jesus são capazes de se tornarem missionários, autênticos anunciadores de seu evangelho, de um jeito novo para todos os povos raças e nações.