Para discorrer sobre essa virtude em São José, é preciso, ainda que brevemente, revisitar a história do projeto de salvação.
Transportemo-nos para o tempo que antecedeu o anúncio do anjo do Senhor. Imaginemos José antes de Maria lhe ser prometida. Pensemos em José carpinteiro, vivendo de seu trabalho. Um homem que conhecia e acreditava em Deus. Certamente com projetos pessoais. E eis que chega o momento determinante. O evento que transforma a sua vida para sempre, tornando-o participante da esperança salvífica, dos planos de salvação. Muito se fala e muito se ouve sobre o sim de Maria, mas pouco ou quase nunca se fala ou se ouve falar do sim de José. O sim de São José, também promoveu e manteve viva a esperança.
Na sua segura esperança, o compreendemos pela disponibilidade, fazendo a vontade de Deus, ao aceitar o cumprimento das promessas divinas. Sendo Jesus, o cumprimento e a concretização da promessa e do plano de Deus, São José não somente acolheu a esperança como também se tornou esperança para o mundo.
O caminho da bondade e da humildade em São José, contrapõe-se aos grandes do mundo, por vezes incapazes de gerar esperança e de construir caminhos sólidos, sobretudo tendo como destinatários os fracos e empobrecidos. Por mais que o ser humano seja independente, autossuficiente e autônomo, Deus na sua graça quer entrar na sua história, respondendo aos anseios dos homens de todos os tempos. São José é um santo de expressiva grandeza, declarado “Patrono da Igreja Universal, advogado dos lares cristãos, modelo dos operários” e homem de esperança.
Que as festividades de São José, pai da humanidade, comemorado e celebrado como Padroeiro de nossa diocese, “esposo puríssimo da mais elevada de todas as criaturas”, convença-nos da mais absoluta certeza da salvação que nos é oferecida, como povo de esperança.
