Devoção da Diocese a Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná

09 de Novembro de 2020

Devoção da Diocese a Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná

No dia 15 de novembro, celebramos a festa de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná, e a Diocese é comtemplada com duas igrejas dedicadas a ela: uma capela no Conjunto Parigot de Souza, e uma capela universitária instalada na Universidade Estadual do Paraná (Fecilcam), ambas em Campo Mourão. Como a nossa Diocese tem grande união com o Santuário Estadual, localizado em Paranaguá , nosso bispo diocesano foi convidado para celebrar o segundo dia da novena, nesse último sábado, dia 7.  

Em sua homilia baseada no Livro de São Lucas, capítulo 1, versículos 39-45, Dom Bruno Elizeu falou sobre a Cultura do Encontro, apresentada pelo Papa Francisco. “O Papa fala sobre o nosso esforço para encontrar as pessoas. Vir aqui, no Santuário de Nossa Senhora do Rocio é ir ao encontro de Maria e a oração nos proporciona isso. Ir ao encontro transcende o encontro físico. Quando o Papa fala sobre a importância do encontro, principalmente neste momento de pandemia e de isolamento social, é porque precisamos aprender que rezar é proporcionar o encontro com Maria, Mãe de Jesus. E só a oração pode fazer isso”,  declarou.

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Fotos: Diocese de Paranaguá

Neste ano, o padre Carlos Czornobai, pároco da Paróquia Divino Espírito Santo, no qual a capela do Parigot pertence, explica que devido a pandemia, será celebrado somente um tríduo que terá início no dia 12, com as celebrações às 19:30h.

Esse ano, a comunidade do Parigot de Souza, celebra 20 anos de sua fundação, e vai encerrar a festa com um evento especial para a história da capela, pois no dia 15 de novembro de 2000, Dom Mauro Aparecido dos Santos, que era bispo da Diocese, se reuniu com a comunidade para uma Celebração Eucarística na qual também foi feita bênção da pedra fundamental para a construção da igreja.

Junto com o lançamento da pedra, os fiéis escreveram cartas com pedidos de graças, que foram depositadas em um relicário e enterrada sob a pedra, e que no dia 15 de novembro, após a missa, será aberta para a leitura. As pessoas que na época escreveram, foram convidadas para estar presente no dia e reviver este momento.


A devoção:

A devoção teve início no século XVII, após a elevação do pelourinho em Paranaguá. Em 1686, os moradores da vila que ficava as margens da baía, enfrentaram uma grande peste, e eles recorreram a Nossa Senhora. Rocio era o perímetro das vilas, onde terminava o arruamento e começava a se conservar um orvalho durante a manhã. “Rocio” quer dizer orvalho, em português arcaico, por isso, a santa também tem seus títulos como Nossa Senhora do Amanhecer ou Nossa Senhora do Orvalho.

A imagem foi encontrada durante uma pesca, quando Pai Berê pedia a intercessão de Nossa Senhora, pois sua família passava fome devido as pescas sem sucesso. Junto com suas orações, Berê lançou as redes ao mar e puxou, junto veio muitos peixes e uma imagem de Nossa Senhora. Sua primeira igreja foi edificada em 1813, e em 1920 se tornou santuário.

É costume a Diocese realizar romarias até o Santuário no mês de novembro, como ano passado, quando 550 fiéis distribuídos em 13 ônibus, desceram para o litoral paranaense.

Esse ano devido a pandemia, as romarias foram suspensas, mas os fiéis poderão recorrer a intercessão da Senhora do Rocio que ouve nossas orações e entrega a seu Filho Jesus Cristo.


(Foto da capa da matéria foi tirada na romaria de 2019)