Como tudo começou...
Campo Mourão nasceu como Diocese por ato pontifício de João XXIII, através da Bula Cum venerabilis, assinada no dia 20 de junho de 1959. Tal acontecimento representou um marco fundamental no progresso da organização eclesiástica do Estado do Paraná, haja visto que na geografia política vigente da época que serviu de base para a divisão da antiga prelazia de Foz do Iguaçu, diversos municípios ainda não haviam sido emancipados e muitas paróquias haveriam de ser criadas nos anos subsequentes pelos bispos das recém-criadas dioceses.
A posse do primeiro bispo de Campo Mourão Dom Eliseu Simões Mendes (1916-2001), deu-se no dia 23 de abril de 1960. Nos dias 27 e 28 de julho aconteceu a primeira reunião do clero, junto ao Instituto Santa Cruz, que na época contava com 21 sacerdotes (12 religiosos e 9 diocesanos).
A organização efetiva dos trabalhos pastorais só pode concretizar-se com a construção do Instituto Social Lar Paraná, iniciado no final do ano de 1962 e inaugurado no dia 29 de junho de 1963 e que hoje passa por uma grande reforma. Todo o trabalho de organização e encaminhamento das atividades pastorais fez-se no clima de realização do Concílio Vaticano II, tendo participado o prelado de Campo Mourão.
Nos anos de 1964 a 1967 muitas conferências e encontros foram realizadas, envolvendo o clero e os leigos, para refletir o apostolado e encaminhar o plano de ação pastoral, optando por uma “pastoral de evangelização”, organização da catequese, preparação para os sacramentos, trabalho em conjunto, formação (“Fé, Igreja e Sacramentos”), promoção da ação litúrgica e do apostolado leigo.
O incremento da ação pastoral foi fortalecido em outubro de 1969 com a publicação da Carta Pastoral sobre os Sacramentos da Iniciação, traçando orientações práticas para renovação do sacramento do batismo e formação catequética.
A diocese de Campo Mourão marcou, na década de 60, uma importância respeitável na ação pastoral da Igreja no Paraná. O Primeiro Plano de Pastoral do Regional Sul II (1969-70) - “Etapa de reconhecimento”, favoreceu os contatos entre as dioceses para uma pastoral de conjunto, organização das pastorais e unidade litúrgica. Em sintonia com a 11ª Assembleia Geral da CNBB foi assumido o Documento Pastoral de Brasília, em sintonia com as aspirações e esperanças do povo de Deus e a realidade da Igreja e do país.
Foto da Posse de Dom Eliseu Simões Mendes, sentado ao lado: Moysés Lupion - Governador do Paraná (1956-1961) e Dom Jaime Luiz Coelho - Arcebispo de Maringá (1956-1997) )