Colégio Santa Cruz comemora 70 anos de inauguração

07 de Maio de 2020

Colégio Santa Cruz comemora 70 anos de inauguração

Neste ano de 2020, o Colégio Vicentino Santa Cruz comemora 70 anos de Vida e Missão Educativa em Campo Mourão. No dia 14 de fevereiro, comemoramos a data da chegada das primeiras Irmãs: Ir.Marta Klein, Ir. Cecília Lechoski e Ir.Terezinha Maria Bertuol, porém somente no dia 07 de maio de 1950, aconteceu a inauguração oficial do Colégio, como consta no livro tombo da paróquia, atual Catedral São José.

Irmã Lucilene Montangholi, fala sobre a atual fase que o colégio passa, diante da pandemia, os alunos não estão indo para o colégio e estão estudando em casa.

Image title(Colégio Atual - foto 06/05/2020)

“Nos dias atuais, como todo o Sistema Educacional, a nível de mundo, o Colégio Vicentino Santa Cruz está vivenciando a situação de suspensão das aulas presenciais, o que tem desafiado os educadores a utilizarem os recursos tecnológicos para chegar até os estudantes em isolamento social.

Sob a luz dos ensinamentos de São Vicente de Paulo e Santa Luisa de Marillac (fundadores da Educação Vicentina), toda a Equipe Educativa do Colégio, incansavelmente atenta, acompanha todas as regulamentações e orientações das autoridades competentes, a fim de atender da melhor maneira possível as demandas educativas, em decorrência da Pandemia.

Nosso compromisso com os estudantes e suas famílias nos impulsiona a utilizar Plataformas de Ensino, disponibilizando aulas remotas, orientações e atividades, com o objetivo de minimizar os prejuízos pedagógicos impostos pela Pandemia, numa corrente de entre ajuda e muita dedicação, de novas aprendizagens e esforço de aperfeiçoamento e adaptação ao ensino remoto. A contribuição dos pais e responsáveis pelos estudantes nesse processo é imensurável, e imensa também é a nossa gratidão pela parceria e compreensão.

Com muita confiança e esperança, aguardamos a possibilidade de reencontrar fisicamente em nosso Colégio, cada um de nossos estudantes, razão de nossa missão em Campo Mourão, para juntos retomarmos nossas aulas presenciais.

Aos nossos estudantes atuais e ex alunos, nosso carinho e gratidão pelo empenho e comprometimento com os valores vicentinos assimilados.” Afirma a Irmã, deixando para todos uma mensagem de esperança.


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Em meio as histórias, um dos ex alunos é padre Pedro Speri, da Paróquia Santo Antônio em Ubiratã, contou para nós um pouco sobre a participação do colégio quando era criança.

“Nos anos de 1961, 62 e 63, eu estudei no Instituto Santa Cruz em Campo Mourão, colégio situado ao lado da antiga Catedral de madeira, onde hoje é a Praça São José. A diretora na época irmã Salomé Dets. Em 1964, as instalações da escola mudaram para onde é até hoje.

Foi neste ano que as aulas eram feitas por um padre vicentino, chamado Eduardo Vrubel. Este Padre fazia visitas vocacionais e convidou os meninos que queiram ser padre, e ali eu com 11 anos dei a resposta “eu quero”. No ano seguinte por estar no colégio vicentino, eu entrei na congregação dos padres vicentinos”.

Nesse período, diz o padre Pedro, que o colégio era no formato de internato misto umas 70 crianças. “Lembro-me que a noite saímos do colégio novo Santa Cruz e íamos rezar o terço na catedral que até o momento não estava concluída”, recordou o padre.

Em meio as normas e regras, havia momentos que era possível transformar momentos difíceis até em diversão, como aconteceu em 1963, quando morreu o Papa João 23. Conta o padre que as irmãs fizeram batermos o sino por uma hora, ao meio-dia, sem parar, foi uma grande diversão.

“A região passou por uma grande seca neste ano. Vinham muitas doações de diversos lugares e tudo foi colocado nas torres da catedral e lá nos separamos e distribuímos para os necessitados. No mesmo ano, foi o ano da minha Primeira Eucaristia, na atual Catedral São José.

Quando vim para a Diocese e me tornei padre diocesano, lembro-me de que nós íamos quase todo dia através de um matagal buscar bananas onde hoje é a casa episcopal de Dom Bruno. Na época nosso Bispo era Dom Eliseu Simões Mendes, e ele sempre dava bananas e gostava que nós íamos até lá.

Devo toda a minha vida à formação vicentina, foram anos importantes para minha vida e eu só tenho a agradecer”, conclui o padre.